Portugal perde jogo amigável em Paris

Má entrada e erros na defesa ditaram derrota

Benfica e Porto vencem em casa

Encarnados tiveram 13 minutos diabólicos, depois de 75 sofríveis; Porto venceu com mais um colombiano vindo do banco a resolver

Sporting goleia em Penafiel

Leões acordaram no segundo tempo para conquistar a segunda goleada consecutiva fora

Benfica é ainda mais último na Champions

Noite terrível dos encarnados em Leverkusen

Super-suplente Jackson salva o Porto

Colombiano entrou na segunda-parte para evitar a derrota dos dragões

sábado, 11 de outubro de 2014

Derrota lusa na estreia do novo selecionador


Uma má entrada e demasiados erros defensivos foram a chave para a derrota de Portugal no amigável frente à França. Jogadores como Ricardo Carvalho, Quaresma, Eliseu, Tiago e Danny (os três últimos foram titulares) voltaram a representar as cores nacionais, enquanto Cédric e João Mário estrearam-se. Nota para o excelente apoio de milhares de portugueses nas bancadas do Stade de France, numa excelente festa de futebol.

PORTUGAL

Um híbrido entre 4-4-2 losango e um 4-3-3 "à la Barça" foi a escolha de Fernando Santos para primeiro esquema tático, com Ronaldo, Nani e Danny a apresentarem-se bastante móveis na frente, sem uma ponta-de-lança definido.

Rui Patrício e Pepe foram os únicos homens em destaque na defesa portuguesa, enquanto Cédric e Eliseu estiveram bastante mal (e com muito pouco apoio defensivo, quase sempre em inferioridade numérica). William e João Mário entraram bem (excelente estreia do jovem João Mário), Tiago esteve uns furos acima de Moutinho e André Gomes, mas não fez uma boa exibição. Nani, Danny e Ronaldo até conseguiram criar oportunidades mas estiveram mal na finalização, enquanto Quaresma mexeu muito com o jogo e com o ataque português.

O LADO POSITIVO

Uma equipa a tentar assimilar novas ideias. Portugal falhou (e muito) na sua organização defensiva, fruto de um novo esquema tático com ideias diferentes. Ainda assim, viram-se combinações e movimentos ofensivos interessantes para tão pouco tempo de trabalho. Para além disso, foi bom rever a classe de Ricardo Carvalho, Tiago e Danny de volta à seleção das quinas.

O LADO NEGATIVO

Demasiadas distrações e passividade. No início da partida, Pepe e Patrício foram autênticos bombeiros, apagando fogos em todo o lado. Houve muitos erros de posicionamento e alguns deles não se devem à mudança tática da seleção...

domingo, 5 de outubro de 2014

Reforços do Benfica decidem; Quintero dá vitória ao Porto vindo do banco


Benfica e Porto venceram e mantêm a distância de 4 pontos entre si. Os encarnados tiveram várias dificuldades para bater o Arouca em casa, com o primeiro golo a surgir apenas aos 75 minutos, pelo já habitual Talisca, que se isolou no primeiro lugar da lista dos melhores marcadores. Com um final de jogo diabólico, o Benfica ainda voltaria a marcar por três vezes: Derley aos 80', Salvio aos 83' e o estreante Jonas aos 88'. No Estádio do Dragão, Porto e Braga proporcionaram um bom espetáculo. Martins Indi fez o seu primeiro golo pelo Porto aos 25 minutos. Ainda na primeira-parte Zé Luís empatou após mais um erro da fase de construção portista, desta vez Brahimi. Já na segunda-parte, Quintero fez o golo que colocou o Porto novamente na rota das vitórias.

BENFICA

Jogo similar ao último na Luz, frente ao Moreirense. Primeira-parte muito complicada, com o adversário a sair muito bem no contra-ataque e, não fosse Artur, o Arouca até podia ter marcado mais que um no primeiro tempo. No segundo e principalmente a partir dos 60 minutos, o Benfica carregou no acelerador e só parou aos 4. Derley foi o melhor da equipa da Luz: lutou muito, mostrou qualidade técnica e rapidez em progressão com bola e ainda foi a tempo de se estrear a marcar pelo Benfica. Artur esteve muito bem na primeira-parte mas não teve trabalho na segunda, Jonas estreou-se com um golo e excelentes pormenores técnicos em pouco mais de uma parte, Lisandro mostrou mais capacidade na saída de bola do que Jardel, mas os mesmos problemas defensivos, o mesmo acontecendo com Eliseu. Gaitán foi o melhor do Benfica na primeira metade mas saiu ao intervalo, Samaris esteve bem com bola, Salvio muito melhor nos segundos 45'e Talisca mais uma vez decisivo, apesar de um jogo menos conseguido (jogou no lugar de Enzo). Ola John entrou para fazer duas assistências e Pizzi iniciou a jogada do segundo golo.



PORTO

Os dragões voltaram às vitórias mas o Braga foi um osso duro de roer. (Mais) um erro não forçado podia ter posto tudo a perder, mas Quintero resolveu. O colombiano acabou por revolucionar o futebol portista, que se apresentava pouco mexido no primeiro tempo. Maicon e Alex Sandro tiveram algumas dificuldades, Indi foi o melhor da defesa portista, Marcano não complicou e fez mais um bom jogo no meio-campo, Brahimi apesar do erro, foi o melhor do ataque portista, mas houve muito pouca gente em evidência. O Porto foi, acima de tudo, eficaz e eficiente, mas o Braga deu uma boa imagem.



O LADO POSITIVO

O banco e a luta. Tanto Benfica como Porto saem desta jornada vitoriosos devido à forma como lutaram e à maneira como os seus treinadores mexeram. O Benfica teve de suar muito depois de uma derrota complicada em Leverkusen e Jesus apostou em Jonas e Ola John, quase em simultâneo, que aumentaram a produtividade do ataque, para lá das exibiçãos de Derley e Talisca. Lopetegui voltou a mexer bem e colocou Quintero que resolveu o jogo. Os portistas vieram de um jogo difícil na Ucrânia e tiveram bastante espírito de sacrifício para bater este Braga.

O LADO NEGATIVO

Dificuldades defensivas. O defesa das águias foi um autêntico passador na primeira etapa e isso podia ter custado pontos a Jorge Jesus, algo que foi corrigido ao intervalo. No Porto, para lá de alguns erros na fase de construção, há jogadores com algumas dificuldades defensivas e que permitiram ao Braga criar alguns lances de perigo.

Metade final demolidora do Sporting vale nova goleada fora de portas


Com algumas mudanças no onze, o Sporting voltou às vitórias, repetindo os números da última em Barcelos. Agora em Penafiel, os leões golearam a equipa da casa por 4-0, mas os golos só surgiram nos últimos 25 minutos da partida. Slimani bisou, Montero voltou aos golos e Nani fechou a contagem de um jogo bastante mexido na primeira-parte mas que foi de claro domínio leonino na segunda.

SPORTING

O conjunto de Marco Silva só no segundo tempo se conseguiu impor, mas fê-lo em força. William Carvalho e André Martins provaram que estão em baixo de forma, Jefferson não mostrou mais que Jonathan Silva tem mostrado e Naby Sarr voltou a apresentar-se nervoso. Por outro lado, Paulo Oliveira, que substituiu Maurício para este jogo, esteve seguro e não comprometeu, Slimani apresentou boa mobilidade, João Mário mostrou mais uma vez o porquê de ter agarrado o lugar e Nani, Montero, Cédric e Carrillo estiveram a bom nível. O Sporting de Marco Silva continua a apresentar melhorias no seu futebol, com os jogadores a interpretarem cada vez melhor as ideias do treinador. O conjunto leonino, com esta vitória, fica, provisoriamente, a três pontos da liderança.

O LADO POSITIVO

O herói Slimani. Quando o jogo estava fechado e aproximar-se do fim, apareceu o argelino a abrir o placar e, logo a seguir, a aumentar a vantagem. Para além disso, Slimani foi sempre o mais perigoso da equipa sportinguista e aquele que mais procurou o golo.

O LADO NEGATIVO

Martins e William. Os dois médios dos leões estão irreconhecíveis. O trinco está muitas vezes distraído e entrega a bola com demasiada facilidade ao adversário, enquanto André Martins se esconde do jogo completamente, não dando qualquer linha de passe e não progredindo nunca. O último já perdeu o seu lugar para João Mário, será que Rosell ganhará o lugar a William?

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Liga dos Campeões - Jogos de 4ª-feira


Muitos golos e emoção nesta noite de Liga dos Campeões. O jogo grande do dia opôs Atlético de Madrid e Juventus, com os colchoneros a imporem a primeira derrota da temporada a Allegri. O turco Arda Turan, aos 75 minutos, fez o golo da vitória do vice-campeão europeu.

No mesmo grupo, o Malmö surpreendeu o Olympiakos ao derrotar os gregos por 2-0, com dois golos de Rosenberg. Na Bulgária, o Real Madrid teve de suar para bater o Ludogorets. O clube búlgaro adiantou-se cedo com um golo de Marcelinho. Ronaldo, que 14 minutos antes tinha falhado um penalty, converteu do mesmo local aos 24'. Aos 77', Benzema completou a reviravolta do campeão europeu. O Basel derrotou um Liverpool em crise, com um golo solitário de Streller no início do segundo tempo. No Emirates, uma mão cheia de golos na goleada de 4-1 do Arsenal ao Galatasaray. Welbeck marcou três, com Alexis a constar da lista de marcadores também. Burak Yilmaz reduziu de grande penalidade já na segunda-parte. O Dortmund derrotou o Anderlecht em Bruxelas com um golo de Immobile e dois de Ramos. O primeiro jogo do dia terminou com o único empate, a zero, entre Zenit e Monaco.






A FIGURA



Danny Welbeck. O ponta-de-lança contratado ao Man. United começa a enturmar-se com os seus colegas do Arsenal e conseguiu um hat-trick esta noite frente aos turcos do Galatasaray. dando a primeira vitória à equipa de Wenger.

GOLOS DA JORNADA

Immobile vs. Anderlecht


Salvio vs. Leverkusen


Son Heung-Min vs. Benfica

Horrível jogo deixa Benfica em maus lençóis


Contrariando aquilo que tem feito no campeonato, o Benfica continua a realizar uma péssima Liga dos Campeões. Depois da derrota em casa frente ao Zenit, o Benfica saiu derrota da BayArena por 3-1, num jogo terrível da parte dos encarnados. Kiessling e Son fizeram o 2-0 ainda antes do intervalo. Na segunda-parte, Salvio ainda reduziu, mas Çalhanoglu fez o 3-1 final logo a seguir, de grande penalidade.

BENFICA

Percebe-se, até pelas mudanças no 11, que esta não é a competição prioritária para Jorge Jesus. Mas não se pode perceber, por outro lado, a maneira como o Benfica se apresentou hoje em Leverkusen. O Bayer é uma equipa muito capaz mas não está perto de ser o papão que os encarnados fizeram crer que era hoje. Tudo foi mau, desde a lentidão defensiva, à permeabilidade do meio-campo e a nulidade atacante. Difícil seria mesmo encontrar uma exibição positiva, mas pela raça demonstrada e pela assistência, Maxi Pereira merece a menção. De resto, tudo foi horrível na equipa encarnada.

O LADO POSITIVO

O golo. Era difícil preencher este espaço, por isso acabamos por escolher o que de menos mau aconteceu. Tendo rematado muito pouco, é até de estranhar que o Benfica tenha marcado. Mas marcou, na única jogada de perigo criada pelas águias, explorando aquilo que hoje parecia não existir (mas existe "a potes"): as deficientes marcações do Bayer. Mas nem aqui o Benfica teve sorte, já que quando podia ter entrado no jogo, sofreu logo de seguida.

O LADO NEGATIVO

A (falta de) atitude. Há dias em que tudo corre mal e em que parece que o corpo não quer fazer o que mandamos. Mas mesmo aí, a luta e a vontade têm de estar sempre lá e a do Benfica não esteve. Faltou tudo ao Benfica, mas os encarnados foram até Leverkusen sem crença. E assim...

Liga dos Campeões - Jogos de 3ª-feira


Para lá de Sporting e Porto, o primeiro dia da 2ª jornada da Liga dos Campeões trouxe muitos resultados surpresa e jogos muito equilibrados, com metade dos jogos a terminarem empatados. O jogo mais aguardado da noite colocou frente-a-frente o Paris Saint-Germain e o Barcelona. Apesar da ausência de Ibrahimovic, os parisienses derrotaram o Barça com golos de David Luiz, Verratti e Matuidi. Para os espanhóis, marcaram Messi e Neymar.

Em Manchester, a Roma provou que pode ser uma dor de cabeça das grandes para o Bayern e para o City. Aguero ainda inaugurou o placard para os citizens, mas Totti empatou, tornando-se no mais velho jogador a marcar um golo na Champions. Antes, o Bayern Munich tinha derrotado o CSKA, conseguindo a segunda vitória em dois jogos, com um solitário golo de Müller. Em Nicósia, APOEL e Ajax anularam-se. Andersen inaugurou o marcador para os forasteiros, mas ainda no primeiro tempo, Manduca empatou de penalty. Em Gelsenkirchen, o Maribor ainda provocou um susto ao Schalke, com o golo de Bohar, mas Huntelaar empatou já na segunda-parte. Por fim, houve surpresa na Bielorrússia. Polyakov e Karnitski colocaram o BATE a vencer por 2-0. Aduritz ainda reduziu em cima do intervalo para o Athletic Bilbao, mas foi insuficiente.






A FIGURA



Jackson Martínez. O colombiano foi surpreendentemente suplente, mas provou a sua importância para o conjunto portista, apontando dois golos na reta final da partida, quando já tudo parecia perdido.

GOLOS DA JORNADA

Messi vs. PSG


Neymar vs. PSG


Totti vs. Manchester City


Capitão suplente saltou do banco para salvar no fim


Foi difícil, mas tendo em conta as circunstâncias do jogo (principalmente a segunda-parte), o Porto acaba por conquistar um bom resultado. Ainda assim, ambos os golos dos ucranianos foram ofertas da zona defensiva portista, que a este nível, não fosse Jackson, poderiam custar bem mais caro.

FC PORTO

Mais posse de bola, muito mais remates, os mesmos erros e falhas. O Porto continua a dominar mas a perder pontos de maneira infantil. Hoje Lopetegui até apresentou Aboubakar e Marcano no onze, mas finalmente apostou num médio construtor (Óliver). O primeiro-tempo foi de qualidade dos portistas, sempre com os olhos nas transições rápidas fornecidas pelo jovem espanhol, com Brahimi, Tello e Aboubakar muito mexidos na frente, mas sem conseguir decidir bem no final das jogadas. Aliás, o Porto foi quase sempre melhor, mas os erros infantis de Torres e Maicon podiam mesmo ter dado a derrota, que Jackson impediu. O colombiano foi a estrela da partida. Entrou na segunda-parte e deu 1 ponto precioso ao Porto. Herrera esteve muito ativo, Óliver esteve bem até ao golo, Brahimi também até falhar o penalty e Tello muito mexido, mas a decidir mal (exceptuando o golo do empate). Danilo também foi dos melhores e Marcano, apesar de pouco ter aparecido, mostrou capacidade. Pela negativa, a passividade de Maicon e Óliver nos golos, a má entrada de Adrián e o erro de Lopetegui em trocar de ponta-de-lança titular. Embora Aboubakar não tenha estado mal, ainda mal tinha jogado e nota-se falta de entrosamento, tendo o Porto, em Jackson, uma referência.

O LADO POSITIVO

A luta até final comandada por Jackson. A noite tinha tudo para correr mal. Penalty falhado com 0-0 e dois golos oferecidos, fora de casa e num ambiente sempre difícil, normalmente deitariam qualquer equipa abaixo a 5 minutos dos 90'. Ainda para mais uma equipa que começa a ser criticada pelos maus resultados. Mas o Porto foi capaz de deitar tudo isso para trás das costas, comandados por Jackson, conseguindo um precioso ponto numa deslocação difícil.

O LADO NEGATIVO

Os erros, como é óbvio. Os erros, principalmente na Champions, pagam-se caro. Já na sexta-feira o golo do Sporting tinha nascido de um mau passe a meio-campo. Hoje, óliver brincou onde não podia e Maicon foi demasiado displicente num lance aparentemente controlado. A verdade é que o Porto recuperou, mas a probabilidade disso suceder outra vez é muito baixa.